A maternidade é para você !?
Um Olhar Real Sobre os Desafios e Transformações do Ser Mãe.
Si Las Casas
11/19/20242 min read
Desde criança, eu sabia: queria ser mãe. E não de um, mas de muitos filhos! Eu sonhava em ter cinco. Brincava com minhas bonecas, levava-as para todos os lugares com suas bolsas, fraldas e acessórios. Meu dia inteiro era dedicado a “cuidar”.
Mas, claro, eu era apenas uma criança, e não fazia ideia do que a maternidade realmente envolve. Não imaginava o peso emocional e físico, as noites intermináveis sem dormir, os desafios diários que consomem energia e, às vezes, paciência.
Foi durante essas noites sem fim que eu me deparei com um dos maiores testes da minha vida. Eu enlouqueci.
Eu me peguei questionando o meu papel de mãe. Tantas vezes gritei com o Yuri, ainda um bebezinho, durante as madrugadas. Na época, achava que o problema estava nele. Contratei consultoras do sono, fiz todos os cursos possíveis, tentando consertar algo que, na minha visão, não estava funcionando como deveria.
Mas, com o tempo, percebi que o verdadeiro aprendizado não era sobre o sono dele. Era sobre mim. Sobre os limites da minha paciência, sobre minhas expectativas irreais e sobre a desconexão que eu tinha comigo mesma.
Foi um período sombrio. Me sentia desolada, acreditando que talvez a leveza que eu tanto desejava na maternidade não existisse para mim. Eu caí.
Foi nesse momento de desespero que algo mudou. Percebi que, para ser a mãe que eu queria ser, precisaria revisitar meu passado, enfrentar meus traumas e curar feridas antigas.
Essa jornada de autoconhecimento me ensinou a:
Ouvir minha intuição: Aquela voz interna que, muitas vezes, ignoramos por medo de errar.
Colocar limites saudáveis: Tanto em mim quanto nas pessoas ao meu redor.
Praticar autocompaixão: Parar de me punir por não ser a mãe perfeita e aceitar que eu estava fazendo o meu melhor.
Resgatar o que me fazia feliz: Fazer o que amo, com ou sem meus filhos por perto.
Foi quando comecei a estudar profundamente o comportamento humano e as relações familiares. Me formei em Educação Positiva e, aos poucos, uma nova realidade se abriu diante de mim.
Finalmente, eu me sentia LIVRE para ser a mãe que eu sempre quis ser. Não era sobre seguir um manual, mas sobre olhar para dentro e encontrar meu próprio equilíbrio.
A jornada não foi fácil, mas ela me permitiu viver a maternidade com mais leveza, presença e conexão. Eu aprendi que cuidar de si é essencial para cuidar bem dos outros.
A maternidade é uma jornada intensa, cheia de altos e baixos. Não há uma fórmula mágica. Mas o que posso dizer, com certeza, é que quanto mais você se conhece, mais leve e verdadeira sua experiência pode se tornar.
E você? Como está se sentindo nesse momento? Está se conectando com quem você realmente é, ou sente que está se perdendo em meio às demandas diárias?
A maternidade não precisa ser solitária – estamos juntas nessa jornada.